Lost in Translation

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Entre ameaças de bombas e "Uma aventura na estação de comboios de Bordeaux"!!

Olá a todos..

Ansiosos por conhecer as aventuras em Toulouse?? Então aqui fica a primeira..

Depois de mais umas voltinhas em Bordeaux, eu e a Bet voltamos para a estação de comboios e estranhamente todas as portas da estação estavam fechadas, com seguranças a não deixar ninguém entrar, alguns carros de bombeiros e muita policía à porta...

Um pouco receosas porque o tempo para o nosso comboio estava a passar e ainda tinhamos de ir buscar as nossas coisas aos cacifos, lá encontramos uma forma de entrar na estação. Uma entrada completamente entupida e muitos "excusez-moi s'il vous plaît" depois, lá conseguimos levantar as nossas coisas mas ainda sem perceber o que estava a acontecer. Ao mesmo tempo que procuravamos a linha do nosso comboio e recordando os dias de exames nacionais no liceu de Macau, eu começei a brincar a dizer que deveria ser uma ameaça de bomba. Ouvimos um estrondo enorme mas ainda assim, a ideia de uma bomba em Bordeaux pareceu-me ridícula e começamos a furar caminho para tentar ver qual era a nossa linha. Porque não estava a perceber nada do que diziam os ecrãs, fui perguntar a uma senhora que estava lá a dar informações.

Verdade que a senhora falou em francês e o meu continua a ser mau, daí que não tenha a certeza absoluta mas pareceu-me que ela tenha dito: "Toda gente se pode acalmar, a bomba já rebentou, não há motivos para preocupação agora, as linhas já vão abrir mas os comboios vão sair com alguns minutos de atraso."

Humm.. Ok. Eu vinha aqui só perguntar qual era a linha do meu comboio e quando eu dizia que deveria ser uma ameaça de bomba estava apenas a brincar, mas obrigada pela informação. Cinco minutos depois já estavamos na linha certa e à espera do nosso querido TGV com muita vontade que arrancasse bem depressa para nos pôr-mos a milhas.. ihihi Acrescento que o resto do tempo de espera foi um pouco penoso!

Já no comboio, como sou uma pessoa bem responsável, claro que me esqueci de escrever a morada e o número de telefone da pessoa que nos ia acolher em Toulouse. Depois de algumas tentativas falhadas de ligar o pc à electricidade na casa de banho, tentar aceder à internet e algumas gargalhadas, achei melhor telefonar à minha irmãzinha e pedir-lhe para ela me ver na Internet.

Chegando a Toulouse, fomos para casa dos nossos hosts. Um fim de semana de coush surf, repleto de concertos e aventuras.. Novidades para os próximos posts.. ihihi

Ficam algumas fotografias da estação de comboios de Bordeaux antes de toda a confusão e da viagem para Toulouse. A minha primeira e muito atribulada viagem num TGV:



Um presente para os hosts:



Um grande beijinho a todos!!

Uns dias calminhos que souberam a MEL!

Olá todos,

Tal como já vos tinha escrito antes tive de férias as duas últimas semanas de Fevereiro. Ora com grande parte dos meus amigos a passear pela Europa, ficar em La Rochelle pareceu-me um plano um tanto ou quanto deprimente e achei muito melhor ideia cravar uns diazinhos de casa familiar à Tia Luísa em Bordéus.

Dia 22, lá fui em para Bordeaux mas claro, como boa tuga que sou, saí de casa bem atrasada. No dia anterior tivemos uma girls night out com as únicas raparigas que tinham ficado cá em La Rochelle, chegamos a casa um pouco tarde e levantar-me de manhã para mim é sempre um suplício terrível. Daí que, saí de casa bem atrasada e fui de bicicleta para a estação de comboios, carregada que um burro e a chover a cântaros.

Perdi o travão da frente pelo caminho, cheguei à estação e a máquina não aceitou o meu cartão de crédito. Toca de ir ao ticket office. Meti o meu maior sorriso, cara de preocupação e boa educação e pedi aos senhores que estavam a minha frente se por favor me podiam deixar passar porque o meu comboio partia dentro de 3 minutos. O primeiro deixou-me passar e o outro resmungou que o dele também, ainda que depois o tenha visto a pedir informações sobre uma viagem a Paris e o tenha visto a sair da estação. Enquanto esperava irritada por ter saído de casa atrasada e com a "simpatia" do senhor, lá ouvi o derradeiro apito do alerta da partida do comboio. Bolas.. Foi-se!

Novamente com o meu maior sorriso, cara de preocupação e boa educação, dirigi-me à senhora do ticket office e expliquei-lhe que a máquina não me aceitara o bilhete, pedindo desculpas porque de facto tinha vindo um pouco em cima da hora. Ela trocou-me o bilhete sem problemas e lá fui eu para Bordeaux no comboio seguinte. Tudo se consegue com humildade e boa educação.. ihihi

Cheguei a Bordeaux ainda cedo e portanto fui pôr as coisas a casa dos tios e lá fui eu para o sight seeing.. O resto dos dias foram calminhos.. muito sight seeing e sentir-me em casa familiar, o que me soube lindamente. Cama quentinha e confortável, duche quente e estável (no meu terrível apartamento é usual berrar Ui.. está frio, contudo, tal frase pode ser seguida de um passo bem rápido para fora do chuveiro porque estou a queimar a pele), ter alguém com quer conversar à noite, falar português e sobre Portugal, sobre coisas familiares que não tenho de explicar o que são... Viver erasmus é muito bom.. mas jantar e adormecer numa casa sozinha tem muito que se lhe diga..

Nesse mesmo dia em que cheguei, fomos ver o jogo Madrid vs Lyon a associação espanhola em Bordeaux que tem o pequeno pormenor engraçado de ser dirigida por um português. O jogo ficou empatado e assim sendo, poucos motivos para muita animação, mas eu comi uma paelha óptima que acho que nunca tinha comido. Fiquei fã! ihih

No dia seguinte, fui com a Tia e duas amigas da Tia a Saint Émilion, uma cidade pequenina, considerada património mundial, tipicamente medieval e girissíma. Como estava a chover um pouco e a cidade é muito inclinada e com ruas em pedra, acabamos por ir almoçar, daí que não tenha tirado fotografias. Ainda assim valeu bem a pena porque almoçamos num sítio fantástico. Depois enfiamo-nos no carro e fomo-nos perder por aquelas zonas. Como sabem, Bordeaux é uma das principais regiões de vinho de França e os arredores de Saint Émilion tem várias caves importantes de vinho, extensas vinhas e vistas fantástica. Foi um dia bem giro!

Uma das caves de vinho perto de Saint Émilion..


No dia seguinte, foi sight seeing o dia todo novamente. Andei, andei e andei e acho que vi o centro de Bordeaux de uma ponta à outra! Uma cidade bem gira..

Subi à torre dos sinos de uma Igreja (não me lembro do nome) e morri de medo de vertigens; atravessei a ponte de pedra; ouvi andei perdida entre ruas e ruelas e sentei-me a ver uns rapazes a fazer truques com as bicicletas. Animação de rua que faz MUITA falta em La Rochelle. La Rochelle é uma cidade muito gira mas é demasiado pequena e por vezes isso traz inconvenientes. Por exemplo, concertos é coisa que não existe aqui. E quem me conhece sabe que prefiro mil vezes ir a um concerto em vez de uma discoteca.

Ficam algumas fotografias do sight seeing, com o pequeno promenor que existem muitos portugueses a viver em Bordeaux:




























Infelizmente não dá para ver na fotografia, mas esta casa-de-banho está instalada na fachada de um prédio bem bonito, onde normalmente fica a porta do prédio, não a casa de banho pública.. ihih

As fotografias que se seguem fazem-me perguntar se de facto estava em França ou em Portugal..






Sexta feira, a minha amiga Bet foi ter comigo a Bordeaux por volta das duas da tarde porque tinhamos comboio para Toulouse por volta das cinco, de maneira que ainda demos uma voltinha por Bordeaux. No próximo post conto as aventuras que se seguiram.. ahah

Um beijinho a todos,

Madalena

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Como aqui não há suzette, tem de ser panqueca!!

Olá a todos..
Como não podia deixar de cumprir a tradição dos crepes em minha casa, organizei uma pequena panquecada cá em casa, no meu minimo T0.
Na passada 5ª feira convidei a Bet e a Lucinda para virem cá a casa jantar. Prometi um jantar de Panquecas e marcação das nossas próximas viagens. Quando cheguei à faculdade começei a convidar também este e aquele, que por sua vez também convidaram este e aquele. De repente chegou a hora e tinha umas quinze pessoas no meu pequenino apartamento.
O que vale é que os que vieram mais tarde trouxeram ovos e mais coisas para pôr nas panquecas. Caso contrário tinha sido uma pequena vergonha..  O que me valeu também é que aqui toda gente faz a festa bem cedo. Mas essa história será contada mais adiante…
Escusado será dizer que as viagens ainda estão por marcar, mesmo depois de quase duas semanas..
A noite foi bem gira, houve panquecas para toda gente (espero) mas bebidas nem por isso. Só tinha uma garrafa de vinho que se foi nos primeiros 5 minutos e ainda ouvi a boca no dia seguinte de que nem água se tinha bebido.. ups! Não estava de todo à espera de tanta gente. Ainda assim a coisa esteve bem animada.
Enchi a casa cheia de gente, música, panquecas.. YEHHH.. Pratos, os convidados têm de trazer e sentar.. bem, o chão é grande. Sapatos? Virei chinesa.. ficam à porta porque dá muito trabalho limpar a casa. 15 pessoas até nem parece ser muito mas se vissem a minha casa iriam compreender. Daí que.. decidi que seria melhor abrir a porta e a janela. Pois foi aí que a aventura começou..
Estava eu feliz a fazer panquecas com a ajuda do meu amigo David e a Bet vem-me dizer que está uma francesa à porta a dizer qualquer coisa mas que ela não percebe (o nosso francês ainda é critíco). O David vai à porta. A francesa pede só para fecharmos a porta por causa do barulho. Ok, tudo bem! No dia seguinte, acordo às 11 da manhã (já vos disse que não tenho aulas à sexta?) com os ***** dos directores da residência a tocar insistentemente na minha porta e a entrarem-me pela casa a dentro (again, a boa educação não rula por estes lados. O facto de ser a MINHA casa, pela qual eu pago o aluguer parece não ter qualquer significado).
A explicação para o amor que estes dois senhores têm por mim encontra-se no meu último post.
Teve uma festa aqui ontem? Não sabe que é proibido? Não pode ter amigos ou barulho depois da MEIA NOITE. E então, porta aberta, já não tem frio? Visto eu ter acabado de acordar, as minhas respostas não foram muito inteligentes. Disse que sim, que tinha havido uma festa e que tinhamos fechado a porta conforme a rapariga tinha pedido.

Vai ter de ir a uma reunião depois do almoço nos escritórios, a menina vai ser notificada. Peço desculpa, não sabia. Respostaà Oh menina não peça desculpa, (sorriso nos lábios), à próxima vez vai para a rua.

Vesti-me em dez minutos, fui almoçar à faculdade. No caminho tudo me passou pela cabeça. Vou sair desta porcaria de casa. Vou telefonar para o anúncio que vi no outro dia de uma chinesa a procurar roommate. Como vou fazer com o pré-aviso? Será que não é mais fácil fazer outra festa, eles expulsam-me e assim não tenho de pagar mais meses de renda? No contrato que é que dizia? Bolas, não dizia nada em relação à expulsão.. E agora?? Depois de uma hora a remoer, é que realizei que a “festa” que nem bebidas teve, não podia ter acabado nem sequer às dez. Um viva aos franceses que saem à noite bem cedo!! Às dez e meia eu já estava em casa de um outro amigo. Prova, uma mensagem no meu telemóvel e bem.. 15 testemunhas?? Como ainda demoramos bastante tempo a lá chegar porque estivemos à espera que uma das raparigas tomasse banho à porta de casa dela, quer dizer que de certeza, eu estava fora de casa antes das dez, no mínimo.
Cheguei aos escritórios, às duas horas em ponto e ele deixou-me à espera. O senhor estava cá fora a fumar quando cheguei e enquanto eu prendia a bike, foi para dentro. Tudo bem, sentei-me à espera dele. Passado 5 minutos lá vem ele. Ah.. cada coisa a seu tempo, já a venho atender. Ok, sentei-me outra vez. Passado dois minutos, manda-me entrar mas aparece um rapaz a pedir-lhe qualquer coisa. Vira-se para mim e diz: vai ter de esperar um pouco mais. Respirar fundo Madalena..
Quando finalmente entro no escritório dele, explico-lhe que não tinha feito festa nenhuma, tinha tido uns amigos a jantar e antes das dez estava tudo na rua. A menina está a mentir. A festa acabou às onze. Não.. A festa acabou antes das dez e a prova é que eu às dez e meia estava no outro lado do campus universitário com pelo menos meia hora de caminho. Ah.. Ok.. então pode ir, mas lembre-se que não pode ter amigos ou barulho depois das dez. ao que eu fico a pensar.. então, mas de a bocado não tinha dito que era à meia noite?
Um pedido desculpas dado o facto o senhor ter sido bem mal educado, ter-me entrado pela casa a dentro, acusar-me de mentir e ainda por cima não ter razão, continuo à espera de ouvir.
No meio disto tudo, adorava saber quem foi a rapariga e perceber se ela de facto fez queixa ou se os senhores ouviram falar em qualquer coisa e quiseram vir chatear. O facto de eles não saberem a hora dos acontecimentos.. hmm.. Todas as semanas eu acordo com alguém bêbado e aos berros no corredor, inclusivé já me tocaram à campainha às tantas noite. Já acordei às três da manhã com o alarme de incêndio que um bêbado tinha accionado e agora mesmo está uma rapariga lá fora aos berros e a bater com as portas. Assustador! Nunca ouvi ninguém queixar-se. Afinal de contas, estamos numa residência universitária. Já todos sabemos como estas coisas são. Porque é que alguém iria fazer queixa de uma festa que acabou antes das 10 da noite??
Como não podia deixar de ser, saí da pequena reunião e voltei a perguntar-lhe com meu maior sorriso e boa educação, como está a questão do aquecedor. Novamente.. o técnico foi a sua casa e a temperatura estava boa. Pois foi, porque o técnico foi noutro dia que não o combinado e eu tinha o meu aquecedor ligado. Quando é que o técnico pode ir lá novamente a casa, por favor? Terça feira. Boa. Nesse dia eu não estava mas deixei a porta do hall encostada e com um papel a perguntar se tinha vindo e qual era a temperatura. A porta estava na mesma posição e o papel por responder. Daí que concluo que o senhor não esteve cá e penso até que ponto vale a pena continuar a chatear-me. Continuo a chatea-los para me pagarem um aquecedor de 20 euros e força-los a prestar melhor serviço ou deixo-os em paz? Enfim..
Bem com excepção destes pequenos incidentes.. o jantar cá em casa foi bem giro. La Rochelle é mesmo espectacular e a vida de erasmus, uma paródia!! O fim de semana e as saídas começam à quinta e só acaba domingo à noite. Mais noticías para breve..
Deixo algumas fotogografias da janta!






Um grande beijinho a todos,

Madalena

Será que reclamar só faz parte da cultura portuguesa?

Ao que parece, de toda a residência, sou a única que tem frio com os meros 19 graus de aquecimento que eles dizem nos dão. Porque dúvido que a minha casa chegue sequer a essa temperatura, após algumas semanas de frio e sem resposta às minhas reclamações, resolvi comprar um pequeno aquecedor e enviar-lhes a factura. A tão esperada resposta foi eles entrarem-me pela casa a dentro (o facto de eu estar de pijama, ter a casa completamente desarrumada ou não os convidar para entrar não tem qualquer problema para eles) e medirem-me a temperatura, 35 graus.
Como vê menina, o seu aquecimento está a funcionar. Pois pudera, tenho o meu próprio aquecedor. Medem a temperatura ao pé do meu aquecedor e está bem mais alta que ao pé do deles. Mais ainda assim insistem em dizer que a temperatura do meu quarto está óptima e discutimos durante mais uns bons dez minutos. Parecem crianças a discutir, eu a tentar ser educada e explicares porque é que eu tenho razão e a eles só lhes falta porêm os dedos nos ouvidos e dizerem “Não tou te a ouvir, não tou te a ouvir!!” ao mesmo tempo que dizem que a temperatura do meu quarto está boa. Dizem que se tenho frio, tenho de vestir mais camisolas. O facto de eu estar com calças de pijama de flanela, t-shirt interior de manga comprida e camisolona na GAP, não tem qualquer significado. Oh senhor, ao menos olhe para o que eu tenho vestido antes de dar um argumento tão fraco! Quando finalmente concordam em vir cá num outro dia que eu não tenha o aquecedor ligado, ainda vão acordar o vizinho da frente para lhe medirem a temperatura do quarto e tentarem mais uma vez dizer que não tenho razão. Será só na minha cabeça que isto não faz sentido?
Acordamos que viriam cá no dia seguinte. Disse que não estava porque iria para a Faculdade, mas que viessem na mesma que eu depois passaria no escritório deles a perguntar como estava a situação. Morri de frio durante a noite, o meu aquecedor desligado, conforme combinado. Em vez do acordado, os senhores acharam muito melhor ideia passar cá noutro dia sem me avisarem. Resultado, uns dias depois apareceu o técnico para medir a temperatura e a dizer (continua a ser dificil compreender francês mas tenho quase a certeza que foi isto que ele disse), sei que a menina tem razão mas estou só a fazer o que meu chefe me manda. Como o meu aquecedor está sempre ligado, também nesse dia estava e portanto foi novamente impossível de resolver a questão. Passado mais de um mês de estar cá, a questão continua por resolver. Imaginem se não tivesse comprado o meu pequenino aquecedor.
Será que aqui as coisas funcionam sempre assim? Pela agressividade com que me respondem parece que nunca tiveram uma reclamação e ficaram absolutamente ofendidos. Ou será que fui só eu que tive o azar de apanhar um director com uma idade mental de 6 anos e poucos neurónios?
No meio disto tudo, o ralo do meu chuveiro tem um buraco enorme. Se não estivesse numa cidade ia jurar que me ia entrar por ali um rato. Quando reclamei, disseram-me cara podre que não iam fazer nada em relação a isso.
Será que é apenas em Portugal que é costume as pessoas reclamarem? É que há outras pessoas que dizem ter frio aqui na resdiência mas não fazem nada.
Enfim.. um grande beijinho a todos,
Madalena



sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fim de semana de 5 e 6 de Fev.

No passado sábado fomos passar o dia à ilha de Ré. Existem várias pequenas vilas para serem vistas mas autocarros muito poucos, pelo que tivemos grande dificuldade em escolher qual delas queriamos visitar. No livro que o pai me deu dizia para irmos visitar St. Martim e Ars de Ré. Acabamos por escolher esta última mas infelizmente, esta pequena aldeia só tinha uma igreja do século XII e nada mais. O posto de turismo fechado para uma grande hora de almoço 12:30-15:00. Sorte que nos lembramos de almoçar logo mal chegamos senão também tinhamos ficado à fome. Restaurante estavam todos fechados e só havia uma brasserie aberta. Atenção era sábado!! Eu não percebo o que é que os franceses fazem aos fins de semana que tudo fecha e as ruas ficam desertas. O que quer dizer que ficamos até as quatro da tarde, numa vila deserta à espera do autocarro e sem nada para fazer. O que nos valeu foi que havia um daqueles mapas de rua que indicava que a praia não era longe. Lá fomos nós até à praia. Pelo que vi no Fb foi que toda gente fez também em Portugal. A diferença está nas temperaturas. Aqui estavam à volta de sete.. e aí? As praias cá não têm nada a haver com as nossas e agora é que eu começo a perceber porquê o turismo de massa no Algarve. As nossas praias são, de facto, fantásticas!! De qualquer das formas soube mesmo bem ouvir as ondas, sentir o sal  e brincar na areia.




Quando finalmente apanhamos o autocarro, paramos em St. Martin. Uma vila muito muito gira e nada a haver com a outra. Ars de Ré não tinha nada. Esta até a loja da Timberland e da Kiwi tinha. É o Porto Covo da mais alta qualidade aqui da zona. Vários restaurantes com esplanada, um porto interior cheio de barcos, uma Igreja também muito antiga mas totalmente renovada. Toda a arquitectura aqui é medieval mas completamente renovada. É bem giro. Aqui vão umas fotografias…






Depois deste dias cansativo e de muitas horas de autocarro ainda fui comprar a minha bicicleta. Ora aqui está ela.. 30 eurois.. Boa compra?


Durante o primeiro fim de semana do mês todos os museus são grátis aqui, (pelo que percebi em Paris também é assim). Por isso, domingo foi dia de museus. Fomos ao museu de história natural e belas artes.
Museu de História Natural..




Só depois é que me disseram que isto servia como "caixão".. Depois de receber essa informação a minha cara mudou drásticamente, como podem calcular..

Como a cidade é pequenina só ficou o museu marítimo para ver que só abre no Verão e um outro que não percebi ainda muito bem o que é.. Ou seja, La Rochelle está mais que visto e revisto e é altura de começar a planear fins de semana nas redondezas.. eheh No final do mês tenho uma semaninha de férias mas ainda não sei se vou a algum lado ou se me porto bem e ponho todas as toneladas de matéria que tenho para pôr em dia. Logo se vê.. Erasmus já se sabe que só estuda quem é muito nerd porque testes não existem e as exposições orais são apenas um bocadinho pequeno daquilo que é dado nas aulas. Resta decidir-me se quero ser nerd ou não.. Toda uma questão a ser estudada!

Um beijinho a todos,

Madalena