A praia dos Coqueiros é mesmo muito
bonita, tem imensos coqueiros e vários barcos de pesca timorenses na areia, como
podem ver, dá umas fotografias espectaculares!
Pessoas nesta praia são raras. Malais (como todos os timorenses tratam os europeus) nem vê-los e os poucos timorenses que passam, são sempre muito curiosos. Já por duas ou três vezes demos por alguns sentados uns metros ao lado a olhar para nós. No outro dia houve mesmo uma rapariga que se sentou mesmo ao nosso lado, só a olhar para nós.
Acho engraçadíssimo a forma como nos observamos uns aos outros como se fossemos de planetas diferentes. Ora sou eu com a máquina fotográfica a capturar o “nativo”, ora são eles que nos chamam malai e se sentam a olhar fixamente para nós, sem que isso lhes cause desconforto algum. Infelizmente ainda não domino o tétum nem eles o português e assim, pelo menos durante as próximas semanas, este encontro entre culturas continuará a ser: Bondia, diak lae? (Bom dia, tudo bem?) e mostrares-lhes a fotografia que acabei de tirar enquanto eles timidamente respondem Diak e depois se riem que nem perdidos porque a malai lhe tirou uma fotografia.
Enfim.. é engraçado constatar como o conceito exótico, consoante o ponto de vista, pode variar entre antípodas: para uns é o branco que vai à praia, para outros é a campa no meio da praia, o timorense que vai tomar banho vestido à ribeira que desagua no mar, que passeia as cabras na praia, a senhora vestida de batik que leva a lenha na cabeça, etc... Todas estas situações só numa ida à praia.. muito mais de exótico há só de andar pela cidade de Díli, situações que deixarei para futuros posts...
Sem comentários:
Enviar um comentário