No
fim de semana passado, aproveitamos o fim-de-semana grande e fomos a Jaco, uma
ilha sagrada (e paradisíaca) na ponta leste.
Toda
uma odisseia!
Saímos de Díli de manhã cedo, rumo a Baucau onde parámos para esticar as pernas e beber qualquer coisa. As estradas em Timor são um assunto complexo: são más e demasiado estreitas e as chuvas ainda dão cabo de todas as manutenções que se possa pensar em fazer. Se queremos ir a algum lado, nunca se pergunta quantos km são, pergunta-se quantas horas se demora a chegar. Num país que é mais pequeno que o Alentejo, atravessá-lo de uma lado ao outro pode demorar quase um dia.
Saímos de Díli de manhã cedo, rumo a Baucau onde parámos para esticar as pernas e beber qualquer coisa. As estradas em Timor são um assunto complexo: são más e demasiado estreitas e as chuvas ainda dão cabo de todas as manutenções que se possa pensar em fazer. Se queremos ir a algum lado, nunca se pergunta quantos km são, pergunta-se quantas horas se demora a chegar. Num país que é mais pequeno que o Alentejo, atravessá-lo de uma lado ao outro pode demorar quase um dia.
De Baucau, os planos eram ainda ir fazer um pouco de praia à costa sul. Planos furados já que tivemos alguns contratempos. Um dos jipes com a direção mal alinhada e vai um furo.
Para-se e muda-se o pneu em chão de terra batida. O macaco escorrega. Dois macacos e muita gente a rezar para que o macaco não fuga enquanto se muda o pneu. Com um eixo partido, é que não seguiríamos viagem de certeza.
Ao segundo furo, já temos alguma prática e a coisa já se fez mais rápido. Sem pneu subselente tivemos de improvisar e pôr o pneu de um outro jipe.
Tudo certo até que começa a cheirar demasiado a borracha queimada. O pneu era demasiado grande para a caixa. Toca de trocar o pneu de trás com o da frente e ver se encaixa. Felizmente resultou mas com isto foi preciso mudar de pneus 3 três vezes.
Chegámos a Los Palos com uma fome desgraçada. Á nossa espera tínhamos uns bitoques óptimos. Sim, estamos em Timor mas de vez em quando temos estas pequenas surpresas!
De Los Palos seguimos então para a praia que fica em frente a Jaco e onde acampamos. Uma descida de 8 km que demorámos duas horas a fazer. Depois de um atascanso e uma avaria no guincho, lá conseguimos chegar finalmente à praia.
Chegámos já era de noite mas ainda tivemos forças para montar tendas, acender uma fogueira na praia e preparar o jantar. Depois, foi ficar a olhar para as estrelas até cair para o lado, literalmente. Ouve uns tantos que adormeceram ali mesmo. Sem dúvida alguma, o céu timorense é o mais bonito que eu já alguma vi. A única vez que vi um céu tão bonito como o de sexta-feira foi em Venilale, há três anos atrás.
Com este céu, óbvio que eu só podia dormir ao relento. Estendi o meu saco de cama ali perto da fogueira e atrás de mim ficou o Bruno (também MOVE). Um pouco mais ao lado, por debaixo das árvores ficaram mais dois rapazes. A meio da noite acordei com uns berros, olhei para trás não vi o Bruno, achei que ele tinha ido para dentro da tenda. Olhei para o sítio onde estavam os outros dois rapazes e vi alguém a aterrar mesmo ao lado do sítio onde eu tinha deixado a mochila. Apanhei um susto porque achei que seria alguém com os copos a roubar-me as coisas. Já estava super chateada a pensar que no dia seguinte iria para Jaco de pijama, mas afinal foi só o Bruno que tinha ido à casa de banho. Os berros não percebi donde vieram.
Acordei com um nascer do sol espetacular e às sete e meia da manhã já estava na água. Lá ao longe uns golfinhos a passar. Tomámos o pequeno almoço e toca de ir para Jaco.
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